Uma usuária de drogas de 29 anos, foi presa pela PM (Polícia Militar) na noite desta quinta-feira (24/6), após tentar matar o próprio filho recém-nascido de 14 dias, sufocado em um imóvel na rua Valeriano Reis no Parque Ribeirão na zona Oeste de Ribeirão Preto.
Segundo informações da PM, vizinhos acionaram os Policiais após escutarem gritos vindo da residência, rapidamente os PMs foram até o local, onde foram informados por uma idosa (bisavó) da vítima de 14 dias, que a mãe estava tentando matar a criança com o auxílio de um cobertor.
NEGOCIAÇÕES PARA SOLTAR A CRIANÇA
De acordo com o Cabo Anderson da PM, no interior da residência os Policiais flagraram a mulher enforcando a criança – e a todo momento gritava (o filho é meu, se eu quiser eu mato), após alguns minutos de negociações, a criança recém-nascida que estava sem roupas foi entregue para os Militares. E a criança foi socorrida para ao Pronto Socorro da Vila Virgínia – onde passou por atendimento médico – e depois foi transferida para o HC-UE (Hospital das Clínicas Unidade de Emergência) para exames mais detalhados.
RESISTIU A PRISÃO
Ao ser informada que seria presa por tentativa de homicídio, a mulher não gostou da notícia, e tentou resistir a prisão – sendo o necessário de uso de força moderada para conter a mulher.
No lado externo da casa, o marido da mulher pai da criança, ao ver que a mulher iria ser presa, também precisou ser algemado e contido, pois, não queria deixar que ela fosse presa pelo crime.
USUÁRIOS DE DROGAS
Na Delegacia, em entrevista ao Portal X Tudo Ribeirão, o catador de recicláveis de 28 anos, contou que esta casado com a mulher há 10 anos, e que os dois possuem outra filha de 8 anos. Disse ainda, que trabalha catando recicláveis nas ruas, e por dia fatura R$ 80 – com o dinheiro, ele compra leite para filha mais velha, e o restante – compra maconha, cocaína e cigarro para satisfazer o vício.
Perguntamos qual foi o motivo da briga, ele contou, que a mulher queria R$ 50 para comprar crack, após a negativa, ela disse que “se não pudesse usar a droga, iria matar o filho do casal”.
CONSELHO TUTELAR ACIONADO
A criança foi entregue para o Conselho Tutelar, que ficará com a tutela da vítima até a decisão da Justiça. De acordo com o Conselho Tutelar, algumas consultas rotineiras com recém-nascidos, não foram feitas pela família – nem mesmo o registro da criança no cartório.
Os dois foram liberados após prestarem depoimentos à autoridade plantonista. A Polícia Civil através da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), investiga o caso.