Um caso incomum de estupro de vulnerável foi registrado na tarde desta sexta-feira (17), em Araraquara. Uma mulher de 36 anos e seus dois filhos de 10 e 11 anos, foram abrigadas na casa abrigo, depois de sofrerem violência doméstica.
A Casa Abrigo da cidade, que era um local para garantir a tranquilidade e a segurança da família, foi palco de cenas de horror para essa mãe.
Em seu depoimento a mãe das vítimas informou que desde quando foi abrigada, era comum seus filhos brincarem pelo local, até que, percebeu que algo de estranho estava acontecendo e ao procurar pela casa, flagrou outra mulher abrigada forçando seu filhos a praticar sexo.
A autora, que é surda e muda, estava deitada com as pernas abertas, uma das crianças subia as calças enquanto a outra seguia no ato sexual.
O fato aconteceu por volta das 11h00 da manhã e antes do meio dia, representantes do CRM (Centro de Referência da Mulher), compareceram no local e levaram a mãe e as crianças, deixando para trás a autora do crime.
Conforme registro, uma Guarda Municipal foi até o abrigo por volta das 12h30 e ficou sabendo dos fatos, observou que a autora estava nervosa mas as vítimas não estavam mais no local e tomou as providências cabíveis.
A DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), só foi comunicada dos fatos por volta das 17h, cerca de 6 horas após o ocorrido. A delegada, depois de escutar o relato desesperado da mãe e das crianças, determinou a prisão em flagrante da autora de 20 anos, que foi encaminhada para a cadeia pública da cidade de Fernando Prestes.
Em seu depoimento com ajuda de uma intérprete de libras, a autora negou a ordem dos fatos e disse que foi forçada pelas duas crianças a praticar sexo. As vítimas passaram pelo procedimento padrão para casos de estupro e a autora passou por exames no IML (Instituto Médico Legal), antes de seguir para a cadeia.
A autora é conhecida nos meios Policiais, foi adotada e rejeitada por sua mãe adotiva e, quando criança, também foi vítima de estupro de vulnerável.
Em audiência de custódia o Juiz determinou a internação provisória da autora que segue sob a tutela do estado.