A Polícia Civil de Sertãozinho prendeu, na manhã desta quinta-feira (20), três pessoas acusadas por lavagem de dinheiro, suspeitas de movimentar cerca de R$ 500 milhões e de chefiar uma organização criminosa. A operação foi realizada pela Delegacia Seccional de Sertãozinho e os mandados foram cumpridos em Sertãozinho e Ribeirão Preto, todos em condomínios de alto padrão.
O homem apontado pela Polícia Civil como chefe da organização criminosa foi preso em um condomínio de casas na região da Vila do Golfe, zona Sul de Ribeirão Preto. Sua ex-esposa foi presa em um condomínio de apartamentos na Avenida Professor João Fiúsa. A outra mulher envolvida foi presa em um prédio de alto padrão de Sertãozinho.
Nos três endereços os policiais civis apreenderam diversos itens, como dinheiro, joias, relógios de luxo e veículos de luxo. Havia quatro mandados e prisão para serem cumpridos, mas um dos suspeitos não teria sido encontrado.
Segundo a Polícia Civil, a organização criminosa agia para promover a lavagem de valores e ocultação de bens provenientes de atividades ilícitas, possivelmente do tráfico de drogas. Os policiais civis também localizaram farta documentação como escrituras, contratos de compra e venda de imóveis, boletos de IPTU entre outros documentos.
“Em análise primária, as apreensões ultrapassam o valor de R$ 1.500.000”, informou em nota a Delegacia Seccional de Sertãozinho.
Havia ainda 16 relógios de alto custo, joias diversas e dinheiro em espécie. Foram retidos pelos policiais civis R$ 250 mil, U$ 1.075 e € 410. A ação foi desdobramento de uma operação iniciada em 2020 e, na continuidade das investigações, foi possível chegar até os três presos na segunda etapa.
Os policiais civis buscaram informações bancárias e fiscais dos últimos cinco anos e chegaram ao valor que o grupo teria movimentado: mais de meio bilhão de reais. As prisões temporárias têm duração de cinco dias, mas a Polícia Civil pode pedir sua prorrogação à Justiça. Os advogados dos presos não foram encontrados. As investigações prosseguem.