Uma operação realizada, na manhã desta terça-feira (12), em Serrana, resultou na prisão de mais dois envolvidos no crime de extorsão mediante sequestro da tesoureira de uma agência da Caixa Econômica Federal. O crime ocorreu no dia 07 de fevereiro em Serrana.
Um dos presos na operação conjunta desta manhã, realizada pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Militar, é suspeito de participação no sequestro de familiares da tesoureira. Ele teria sido alvo de mandado de busca e apreensão em outra operação conjunta entre PF e PM, realizada em 09 de maio.
Já o outro mandado de prisão foi expedido contra um homem que é investigado por envolvimento na lavagem de dinheiro. Ele também teria agido como “laranja”, mentindo em depoimento como testemunha, durante as investigações. Ele disse ser dono de uma moto para tentar ocultar a participação do outro homem preso na operação.
O CASO
O marido e a filha de 10 anos da tesoureira da Caixa de Serrana foram sequestrados no dia 07 de fevereiro deste ano, quando a mulher chegava em casa, ao final do expediente bancário. O grupo passou a noite e madrugada com a família. No dia seguinte, o marido e a filha foram levados para a Comunidade Locomotiva, na zona Norte de Ribeirão Preto.
A tesoureira foi obrigada a ir até a agência da Caixa e sacar R$ 700 mil. Assim que ela entregou o dinheiro para os sequestradores, o marido e a filha foram soltos. As investigações começaram imediatamente.
No dia 25 de março, um dos sequestradores da família da tesoureira participou de outro sequestro a um casal de empresários de Serrana, e as investigações da PF se cruzou com as da Polícia Civil. No dia 09 de maio, Policiais Federais, Civis e Militares fizeram uma grande operação, onde 13 pessoas no total foram presas, no total. (CLIQUE E LEIA MATÉRIA)
Destas 13 pessoas, nove tinham envolvimento com os dois sequestros. Durante a ação, de acordo com o delegado da Polícia Federal Murilo Almeida Gimenes, cerca de 30 quilos de maconha haviam sido apreendidos.
No dia 19 de junho, outro homem foi preso. Ele estava em um condomínio na zona Leste de Ribeirão Preto, ao lado do Recreio Internacional, e era procurado por fazer parte da quadrilha que participou do sequestro da família da tesoureira.
PRISÕES E MANDADOS DE BUSCAS
Nesta terça-feira (12), além das duas prisões, os policiais apreenderam um aparelho celular pertencente a um dos investigados. O aparelho será submetido à perícia e análise de conteúdo.
A PF informou que, com estas últimas prisões, oito pessoas foram presas por envolvimento no sequestro da tesoureira da Caixa de Serrana. Apenas um suspeito encontra-se foragido.
Na operação de maio, o delegado informou à época que as investigações realizadas pela Polícia Federal caracterizam crimes de associação criminosa armada e extorsão mediante sequestro qualificado, com penas previstas de 13 anos e seis meses até 24 anos e seis meses. Gimenes também esclareceu que os crimes apurados pela Polícia Civil incidem nas condutas de roubo majorado e qualificado praticado por duas ou mais pessoas, com uso de arma de fogo e restrição de liberdade das vítimas, com penas previstas a partir de oito anos e sete meses a 25 anos e 10 meses.
Já em relação à uma das duas últimas prisões, o crime para falso testemunho pode ter pena que varia de dois a quatro anos de reclusão. Já no crime de lavagem de dinheiro, a pena pode chegar a 10 anos de prisão. As investigações prosseguem. Os presos foram encaminhados para unidades prisionais, permanecendo à disposição da Justiça.