A Polícia Civil de Cravinhos realizou, nesta terça-feira (6/9), uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão na empresa de venda de internet residencial Algar Telecom que comercializa planos de internet por fibra na cidade. Segundo o delegado Jorge Miguel Koury Neto, a gerente de vendas da empresa é investigada por falsificação de documento público e concorrência desleal.
As investigações começaram há cerca de um mês, quando a Polícia tomou conhecimento de uma fraude que vinha sendo praticada. Uma das concorrentes de venda de planos de internet estava perdendo clientes para a Algar Telecom de forma criminosa. De acordo com o contrato, a desistência antes do período estabelecido, implicava na cobrança de uma multa de R$ 1.200,00. No entanto, se a desistência ocorresse por conta de mudança de cidade onde não houvesse atuação da provedora, o cliente estaria isento da multa.
A gerente da empresa Algar, segundo o delegado, passou a aliciar os clientes para desistirem do plano, fornecendo subsídios, como conta de água da cidade de Jardinópolis, onde a empresa prejudicada não atua. Desta forma, os clientes podiam migrar, em Cravinhos, para a empresa que oferecia a concorrência.
“Uma pessoa, mantendo o anonimato, revelou que a vendedora investigada confeccionava comprovantes falsos, em um dos computadores no interior da empresa. Instauramos inquérito policial e o Núcleo de Investigação desta Delegacia e Polícia, lecionou investigações cuidadosas para trazer as fundadas suspeitas para uma medida cautelar evasiva. Assim, representamos pelo mandado de busca e a apreensão e afastamento de sigilos de dados e telemáticos”, explicou Koury Neto.
Ao cumprir o mandado, os policiais apreenderam o celular, o computador e outros documentos da investigada. A mulher foi conduzida até a Delegacia onde prestou depoimento, mas como não estava em flagrante, foi liberada após o indiciamento.
O delegado informou que a Justiça autorizou a quebra do sigilo telefônico da mulher e a perícia vai auxiliar a reunir elementos para constatar a fraude. De acordo com Koury Neto, a mulher vai responder por concorrência desleal e falsificação de documento público, no caso, as contas de água da cidade de Jardinópolis. As investigações prosseguem.