Uma megaoperação realizada na manhã desta terça-feira (9/5) pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, desmontou uma quadrilha que praticou sequestros na cidade de Serrana. Os policiais cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Serrana, Ribeirão Preto e Campinas.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo tinha praticado o sequestro da tesoureira de uma agência da Caixa Econômica Federal em Serrana, no início de fevereiro. No final de março um casal de empresários foi mantido refém por um grupo armado em Serrana, ocasião em que levaram valores da empresa e da residência das vítimas.
Nesta segunda ação, um dos suspeitos foi identificado como sendo um dos investigados no primeiro sequestro. As investigações avançaram e as polícias requisitaram mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva.
Uma vez autorizado pela Justiça de Ribeirão Preto, a operação nas cidades de Serrana, Ribeirão Preto e Campinas foi deflagrada. Ao todo, foram cumpridos 11 mandados de prisão, sendo oito da Polícia Federal – dos quais dois não foram localizados e são considerados foragidos – e três da Polícia Civil, todos cumpridos.
A Polícia Militar realizou uma ação na Favela da Locomotiva, onde o marido e a filha da tesoureira da Caixa foram mantidos reféns. Durante a ação da PM, quatro foragidos da Justiça, que estavam com mandados de prisão em aberto, acabaram localizados e presos. No total, 13 pessoas foram presas, das quais, nove ligadas à quadrilha de sequestradores.
Durante a ação, de acordo com o delegado Marcellus Henrique Araújo, da Delegacia da Polícia Federal de Ribeirão Preto, cerca de 30 quilos de maconha haviam sido apreendidos no início da operação.
Segundo o delegado, as investigações realizadas pela Polícia Federal caracterizam crimes de Associação Criminosa Armada e Extorsão Mediante Sequestro Qualificado, com penas previstas de 13 anos e seis meses até 24 anos e seis meses.
Henrique também esclareceu que os crimes apurados pela Polícia Civil incidem nas condutas de roubo majorado e qualificado praticado por duas ou mais pessoas, com uso de arma de foto e restrição de liberdade das vítimas, com penas previstas a partir de oito anos e sete meses a 25 anos e 10 meses.