O Setor de Inteligência Policial da delegacia Seccional de Ribeirão Preto deflagrou, no início da manhã desta terça-feira (21), a Operação Além da Fronteira, contra uma organização criminosa especializada em furto de caminhonetes de luxo em Ribeirão Preto e região. Segundo o delegado responsável pela operação, Gustavo André Alves, o núcleo da quadrilha operava a partir da região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
“[Foi] uma investigação muito complexa, que envolveu desde os autores dos furtos aqui na cidade de Ribeirão Preto, assim como identificou os receptadores, cujo núcleo central está baseado na região metropolitana de Belo Horizonte”, adiantou o delegado.
Durante as investigações, os policiais civis identificaram os responsáveis pelos furtos de caminhonetes na região de Ribeirão Preto, utilizando técnicas para dificultar o trabalho policial. Os receptadores operavam com base na região metropolitana da capital mineira, inclusive o operador financeiro da quadrilha.
A Polícia Civil descobriu, também, que as caminhonetes furtadas em Ribeirão Preto eram adulteradas e, em sua maioria, levadas para o Paraguai, principalmente para a capital Assunção, onde eram revendidas. Alves acredita que, com a desarticulação sobretudo do núcleo financeiro do grupo, a expectativa é que haja expressiva redução de caminhonetes furtadas na região de Ribeirão Preto.
“A investigação foi tão ampla que a gente conseguiu identificar inclusive a atuação desse núcleo de receptadores, que recepcionava caminhonetes furtadas em vários estados do País, como Mato Grosso, Goiás, Paraná, além de São Paulo, é claro. E as provas feitas pela investigação serão compartilhadas com os outros estados, para que eles prossigam com as investigações para cumprimento dos atos de Polícia Judiciária”, revelou Alves.
O trabalho de inteligência policial conseguiu identificar os responsáveis pelos furtos na região de Ribeirão Preto. Os agentes saíram para cumprir nove mandados de prisão em Ribeirão Preto e seis pessoas acabaram presas. Os outros três seguem sendo procurados. Havia também outros três mandados de prisão para outras localidades.
Durante as prisões, vários aparelhos celulares foram apreendidos e a Polícia Civil pretende cruzar informações que confirme o envolvimento dos presos na Operação Além da Fronteira. Segundo informações, os furtos eram normalmente encomendados pela célula de Belo Horizonte. Além da marca específica, eles retiravam rastreadores para evitar serem encontrados. Em outros casos, deixavam o veículo “descansando” nos canaviais para saber se haveria a procura por parte das empresas de rastreamento. As investigações prosseguem.